bom, demasiado bom "


Os esgotos que nos rodeiam pelas sombras dos dias não fendem para a luz das estrelas
mas apenas projectam toupeiras e ratos que se devoram em poderosos afectos.
É por isso que já contaminado o ar em que nos movemos é irrespirável
e nada pensa senão sucessivos vómitos e mentais diarreias.
E esse não é definitivamente o meu desdobramento
porque nunca agi nada que não fosse poético.
Mas também nunca antes a minha mente
produziu tanta verdade e realidade em simultâneo:
só os novos animais-homens-deuses são verdadeiros filósofos
pois só estes novos seres se relacionam com a força deste novo conceito
são aqueles que naquela dupla in visível escuridão vêem e dizem uma outra nudez:
por exemplo o quanto és bela e demasiadamente muito bela para seres minha e seres fruída
e em paralelo o quanto eu sou bom, demasiado bom para ser inteligente, ser poderoso e ser famoso.