Querida Philosophia "


Queria pintar o destino de neutras cores

para ter a liberdade de nele te colocar a brilhar.

E queria num livro sagrado esse quadro formatar

para o poder comigo para todo o lado sempre levar.

Docilmente, podia então folhear-te e tudo memorizar

para nos dias de negros tons recordar

que para ti não existe mundo para além deste meu olhar

que em profundidade tudo em ti observa

e em paixão tudo sente ao natural.

E queria também que ambos

confiantes e seguros pelo verbo amar

em nossos corpos e alma unidos pudéssemos

para casa em harmonia caminhar.

Mas aquilo que eu queria mesmo

era que não deixasses jamais de imaginar

a possibilidade de seres tu própria

a escolher e a desenhar a vida que desejas sonhar

e o caminho que deves deliberadamente trilhar

para que em auto consciência te possas sempre a ti encontrar

pois tudo aquilo que um dia vier a ser meu

apenas aos meus braços virá parar.