Álibi ideológico ou rotura externa
o coração da humanidade é como lava
de animal
em vulcão, rebenta-se por intimidades
e
devora-se em núcleos até à orla da
eticidade.
E a sagrada criatura, em chamas
explode pela garganta do submundo.
E os estilhaços de papel, feitos de
carne
contêm premissas de violino ferido
que implodem até ao fundo das nuvens
dos sorrisos, dos oceanos, das crianças
inundadas.
Tendões e nervo, ácido.
Os órgãos todos paralisados
da espécie, dos estados, das cabeças
que tombam. E a verdade, subjaz
intranquila
sustentada em resíduos de.
Chacina invisual.
É o regresso invertido.
O desejado retorno. Torto, pouco dócil
verdadeiramente humano, estratégico
e belo. Civilizado e desvelado como
teatro dos lobos em terrífica ascensão
olhos morais e garras de vento. Mas
como o doce que beija a língua, a tua
voz
delinquente, não rouca como trovão,
embala
a claridade de uma grande lágrima
aberta
e toca os cabelos de uma outra espécie.
Exalo, os seios da tua voz. E a tua
carne
carinhosamente violenta, encanta
a voz de um paradigma outro.
A tua pele, observa-me
assombra-me do alto. Mas
eis o assalto ao poder da humanidade.
As bombas
que deslizam na pele dos muros, falam
internamente
artilhadas em cimentosos cérebros,
ignóbeis.
As fardas movem-se vazias, niilistas
de conteúdo. E a espécie evaporasse
em terra
queimada, seca, sem alma. Derrete-se em
águas
de um fogo espesso. As nuvens bebem-se
por dentro.
Caiem gotinhas de sangue em todo o
lado. E eu
já não escuto, o teu rosto de leite
sagrado.